A Gorsedd

A Gorsedd Beirdd o Maracayu (G.B.M. /|\) é uma entidade filosófica-espiritual que foi fundada no dia 02 de Maio do ano comum de 2020, na cidade brasileira de Campo Grande, capital política e econômica do estado de Mato Grosso do Sul. Afirma-se como uma confraria bárdica de linha neo-pagã, centrada na divulgação, estudo e prática do Druidismo Moderno, tendo como base os valores, os princípios e as culturas das populações célticas - centrando-se nos aspectos culturais, históricos e arquetípicos da mitologia e poética do País de Gales e dos bretões insulares. Também é um grupo semente filiado à OBOD - Ordem dos Bardos, Ovates e Druidas. 

Gorsedd em galês tem como significado próximo no português palavras como “Trono” ou “Outeiro” e é uma espécie de confraria de bardos. Beirdd significa literalmente “bardo”, que é uma classe ou função exercita por cantores de genealogias, declamadores de poesia, linguistas e detentores da tradição oral, como os mitos, tríades, preces, cânticos, entre outras. Esses dois termos denotam nossa ligação com o universo histórico, filosófico e espiritual do mundo galês, do bardismo e do druidismo. 

Em sequência vem O Maracayu, sendo uma referência literal às línguas indígenas tupi-guarani, à Serra de Maracaju e a soberania da Terra vermelha sul-mato-grossense. A nomenclatura Maracaju significa em língua indígena “Água de Maracá”, sendo a junção de Mbara’ka (Maracá, Chocalho, Porunga) e y’ (Rio, Água). Sendo assim, a G.B.M. /|\ também valoriza a identidade sul-mato-grossense, como uma forma de enaltecer o regionalismo e a regionalidade e tem como missão desenvolver um sentimento de orgulho e respeito pela terra em que vivemos, dialogando com a diversidade de culturas fronteiriças.

O símbolo ou logo da Gorsedd Beirdd o Maracayu tem no plano de fundo referências artísticas do século XIX nas aquarelas de Alfredo d’Escragnolle Taunay, elementos da tradição bárdica como os Três Raios, os Três Círculos da Manifestação, a relação entre os Três Reinos (Calas, Gwyar e Nwyfre), o alfabeto Coelbren e a cor azul referente ao grau ou função bárdica - muitas dessas leituras provindas das interpretações poéticas de Iolo Morganwg. Assim conseguimos condensar nesse emblema nosso sentimento de ligação com a terra natal sul-mato-grossense e as tradições célticas.

Outras associações simbólicas:

Animais Totem: Cavalo, Dourado e Garça-Branca
Dríades: Ipê, Buriti e Angico-Branco
Pedras: Arenito, Ferro e Calcário
Instrumentos: Viola, Maracá e Harpa
Povos: Indígenas, Imigrantes e Celtas
Tradições: Regionalismo, Bardismo e Druidismo
Natureza: Serra, Pantanal e Cerrado.
Cerimônias: Alban (luzes), Calan (calendas) e Cylch Lleuad (Ciclo Lunar).
Ser: Indivíduo, Comunidade e Terra